TRE-BA inicia capacitação de brigadistas com servidores da capital
O curso foi realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, na Sede do Regional, com aulas teóricas e práticas durante os dias 13 e 14 de junho
O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), com a supervisão da Assessoria de Inteligência e Segurança Institucional (ASSEGIN) e a cooperação da Assistência de Segurança (ASEGU), deu início aos treinamentos para formação de equipes de brigadistas deste Regional. O curso foi ministrado pelo Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) ao longo de dois dias, na Sede do Regional, com aulas teóricas e práticas. Entre os tópicos abordados, tratou-se de técnicas de primeiros socorros (atendimento pré-hospitalar), imobilização e transporte de pessoas acidentadas e procedimentos iniciais para controle de incêndios. A primeira turma foi composta por 27 servidores e servidoras de vários setores do TRE e alguns colaboradores. Uma nova turma será treinada nos dias 27 e 28 de junho.
“Incêndio, explosão, deslizamento de terra, acidentes no trânsito, etc. Em situações de emergência, o que primeiro não devemos fazer? Nos omitir. Omissão de socorro é crime previsto no Código Penal (art. 135)”, esclarece um dos instrutores do curso, o sargento do Corpo de Bombeiros, Marcelo Urpia Daltro. “Mas, a partir do momento que decidimos prestar socorro, devemos analisar as condições do ambiente e seguir as diretrizes apropriadas para obter êxito no atendimento”, complementa Urpia, bombeiro há 18 anos, especialista em prevenção e combate a incêndios e em salvamento terrestre florestal. O instrutor também chama a atenção para alguns números que todos devemos ter em mente, como o da Polícia Militar (190), do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - Samu (192) e do Corpo de Bombeiros (193).
A formação da brigada de incêndio do TRE-BA é um projeto contínuo e conta com a parceria do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia. Controlar incêndios, realizar resgates, prestar primeiros socorros e medidas de segurança para proteger vidas e patrimônios em situações de emergência são atividades corriqueiras para esses profissionais. Para o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Ramon Dieggo Pimentel, um dos palestrantes, “a essência da atividade dos bombeiros é salvar vidas. E também aprender e ensinar”. Salienta que o partilhar de saberes garante o sucesso numa operação. “Qualquer ação prévia, coordenada e consciente, da equipe da brigada facilitará a ação dos bombeiros quando chegarem ao local”, destaca o oficial bombeiro com 29 anos de carreira.
A proposta de formação de uma brigada de incêndio no TRE-BA objetiva envolver toda a comunidade de trabalho do Regional, não somente a equipe da brigada, afirma o coordenador da Assessoria de Inteligência e Segurança Institucional, Sérgio Luiz Baqueiro, coronel da reserva da Polícia Militar da Bahia. “Todos os servidores e demais colaboradores do Tribunal podem contribuir de alguma forma, integrando a brigada ou não. Por exemplo, um veículo mal posicionado (ou mal estacionado) pode vir a dificultar o acesso do carro do Corpo de Bombeiros numa emergência. Existem aspectos para debatermos em conjunto, precisamos treinar procedimentos, alinhar condutas a fim de se chegar a melhor estrutura de segurança possível, para que não precisemos dela mas estejamos prontos, caso seja necessário”, pondera.
Futuros brigadistas
Algumas instituições contratam brigadas de incêndio e outras, como no caso do TRE-BA, além de contar com um bombeiro civil de plantão,optam por criar uma brigada voluntária, formada por representantes do próprio órgão – as Portarias da Presidência do Regional de nº 205/2023 (que institui a Brigada de Incêndio do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia) e as de nº 206 e 449/2023 (que designam os Brigadistas Voluntários para integrarem a Brigada de Incêndio do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia) disciplinam a matéria. “Estamos dando início ao treinamento da brigada do TRE, um treino básico de 20 horas, previsto nas normas técnicas do Corpo de Bombeiros da Bahia. Finalizada essa etapa, disponibilizaremos uma série de treinamentos continuados a cada ano (como práticas simuladas de evacuação de áreas), aprimorando e ampliando a consciência de equipe de brigada”, assegura Sérgio Baqueiro.
É papel dos brigadistas proceder com medidas de orientação, segurança e prestação de socorro antecipadamente à chegada dos bombeiros. Para a servidora da Seção de Gestão de Almoxarifado (SEGEA), Greice da Costa Santos, participar do curso de brigadistas foi uma grata surpresa. “Não esperava que o curso fosse trazer tanto conhecimento prático, que podemos usar não somente durante o trabalho, mas no dia a dia. Informações úteis como quando alguém se engasga, saber identificar o problema e a manobra a se fazer, ou em acidentes domésticos com perfuração de objetos, cuja a conduta correta não é removê-lo, e sim aguardar a chegada de ajuda especializada”.
Pedro Paulo Andrade, servidor lotado na Assessoria Especial do Diretor-Geral (ASSESD) compartilha de opinião semelhante. De acordo com o colega, o curso de brigadistas oferece conhecimentos valiosos que podem evitar sequelas ou mesmo salvar vidas. “A capacitação de socorristas é algo necessário. E esse treinamento para brigadistas foi didático, prático e muito informativo. Deveria ter uma carga horária maior e ser ministrado com periodicidade no Tribunal. Conhecimento é a base. E prevenção é sempre o melhor caminho”, expressa. Com a criação da brigada, o Eleitoral baiano fomenta providências na área de primeiros socorros e na prevenção e combate inicial a incêndios.
/DS
Pra cego ver: as três fotos presentes na matéria descrevem aulas teóricas e práticas do curso de brigadistas. Alunos e professor em sala de aula, simulações de técnica de socorro e de controle de chamas com extintor de incêndios.