Para enfrentar cenários de desinformação, a Justiça Eleitoral irá promover, ao longo de 2021, uma série de campanhas mirando as eleições de 2022 com mais debates e transparência. Os temas foram apresentados pela equipe de comunicação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a representantes de todos os Tribunais Regionais Eleitorais do país, nesta quarta-feira (20/1), no edifício-sede do Regional baiano, em Salvador.

A plenária aconteceu no segundo e último dia do seminário “Transformações na Comunicação: Novos Paradigmas Pós-Pandemia”. “A ideia é gerar conteúdo acessível e de qualidade, para termos Eleições em 2022 sem os ataques que a Justiça Eleitoral tem enfrentado”, destacou a coordenadora de Mídias Sociais e Campanhas do TSE, Fábia Galvão.

O TSE estuda realizar ações protagonizadas por figuras públicas que dialoguem diretamente com os mais diversos setores da sociedade, abordando temas sensíveis, como notícias falsas e boatos compartilhados sobre a segurança do processo eleitoral

Experiências regionais

Além de traçar panorama para 2022, a Justiça Eleitoral está compilando projetos, iniciativas e sugestões de todos os TREs, unificando conteúdos para atuar coletivamente. Na plenária, o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), apresentou a campanha de divulgação do e-Título, coordenada pela assistente do Cerimonial, Gardênia Lima. Em um cenário eleitoral marcado pela pandemia de Covid-19 e pelo distanciamento social, a ideia foi usar as redes sociais para difundir e incentivar o uso do aplicativo. A ação teve apoio de influenciadores digitais e de times de futebol, no Instagram.

Outras iniciativas e ideias foram propostas. O TRE-RJ sugeriu, por exemplo, a realização de cursos organizados pelas Escolas Judiciárias Eleitorais para a formação de público, prática apoiada, também pelo TRE-PR, com sucesso em 2020; o TRE-MG citou uma experiência virtual que usa recursos, como gamificação, para apresentar o processo eleitoral. Já o TRE-DF indicou a importância de debater com hackers sobre cibersegurança e a votação eletrônica.

Acesso

A assessora-chefe de comunicação do TSE, Giselly Siqueira, frisou que o ano de 2021 deve ser de enfrentamento à Fake News e desinformação. Por isso mesmo, de acordo com ela, a comunicação da Justiça Eleitoral deve atuar com ainda mais transparência na divulgação do funcionamento do processo eleitoral, com ênfase nos eleitores e também no público interno. “Queremos que todos conheçam o processo eleitoral por dentro, para verem que ele é seguro”, afirmou.

A assessora Fábia Galvão contou que o TSE também está elaborando uma página sobre educação política, com vídeos e outros recursos lúdicos.

Novo canal

Em 2021, a Justiça Eleitoral planeja reconstruir o canal no Youtube. O anúncio foi feito pela coordenadora de Rádio e TV do TSE, Tatiana Cochlar. De acordo com ela, em parceria com os TREs, o TSE pretende realizar, também, um atendimento mais direto à imprensa.

Dois documentários estão previstos para estrear este ano. Um deles, já em edição, mostra como foram realizadas as eleições no contexto da pandemia de Covid-19. Faz parte do planejamento ainda a transmissão do podcast da Justiça Eleitoral, pelo Youtube.

Nós somos a Justiça Eleitoral

Mais uma vez, a equipe de comunicação do TSE enfatizou a importância de investir no público interno com o objetivo de fortalecer a equipe no enfrentamento à desinformação. A coordenadora de imprensa, Laura Gracindo, citou novamente a campanha “Nós somos a Justiça Eleitoral”, que envolverá magistrados, servidores e demais colaboradores.

No mês de fevereiro, quando se comemora o dia da Justiça Eleitoral (22/2), o TSE irá publicar uma série de histórias, produzidas por todos os regionais, apresentando particularidades de cada estado, mas com o ponto em comum, de apresentar pessoas comprometidas com o direito ao voto e à democracia.

Os 25 anos da urna eletrônica também ganharão destaque, mostrando esse instrumento como algo seguro e que faz do Brasil referência mundial em processo de votação.