Em live, realizada na noite desta quinta-feira (28/5), a secretária de Comunicação Social do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e assessora-chefe do Conselho da Justiça Federal, Juliana Neiva, debateu assuntos relacionados à efetividade da comunicação institucional no Poder Judiciário. O bate-papo foi mediado pela jornalista Daniele Silva e faz parte do projeto “A Mídia e as Eleições”, em que o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) fortalece a aproximação entre imprensa e Justiça Eleitoral em ano de eleições.

Assista: parte 1 e parte 2

Ao iniciar a conversa, Neiva falou um pouco sobre o trabalho e os desafios enfrentados em uma assessoria de comunicação. De acordo com a secretária, que coordena uma equipe de mais de 130 pessoas, é preciso estar bem informada e ter muita responsabilidade. “Telefone ligado 24h, atendendo demanda o tempo inteiro. O assessor, o chefe, ou qualquer outra nomenclatura que se use, é o elo entre porta-voz da instituição, a administração, a equipe e a imprensa”.

Na avaliação de Neiva, a comunicação institucional é um dos pilares para um bom relacionamento com a imprensa.  “A matéria prima é a informação que a gente passa. Se a gente não passar bem essa informação, estaremos criando um ruído”. Segundo ela, é necessário que o assessor de comunicação tenha uma relação de confiança com os dirigentes. “O assessor que não tem contato franco e acesso direto ao líder da instituição, vai ter ruído nesse plano de comunicação”. 

A assessora do STJ também falou sobre a importância de desassociar os posicionamentos de uma organização da imagem dos seus dirigentes. “Temos que respeitar o espaço do porta-voz, deixar claro para o jornalista que é a opinião dele. Quando se constrói a ponte com o jornalista, o acesso e a conversa ficam mais fáceis”.

Ao ser questionada sobre quais estratégias o setor de comunicação institucional deve utilizar para enfrentar as fake news e combater a desinformação, a assessora do STJ afirmou que uma das táticas é utilizar o mesmo canal de onde estão vindo as notícias falsas. “Se as fake news vêm das redes sociais, é importante também que a comunicação institucional ocupe estas mídias e promova mais debates. A gente tem todas as ferramentas na mão, temos que produzir em quantidade e, assim, podemos concorrer com igualdade”.

Ainda segundo Neiva, é importante fazer matérias e publicações de fácil entendimento para o cidadão. Ao encerrar o bate-papo, a assessora falou sobre as pessoas que compartilham a informação sem checar a fonte. “Disseminar notícias inverídicas influenciam o processo eleitoral, influencia também a democracia”.

A Mídia e as Eleições

“A Mídia e as Eleições” é um projeto do TRE-BA integrante das ações realizadas em ano eleitoral. Em 2020, por sugestão do presidente do Eleitoral baiano e do Coptrel, desembargador Jatahy Júnior, o debate está sendo feito em rede, respeitando o isolamento social necessário durante a pandemia de coronavírus. O evento é organizado por meio de parceria entre a Assessoria de Comunicação, a Ouvidoria e a Secretaria de Gestão de Pessoas do TRE-BA.

O projeto estreou com videoaula sobre o Calendário Eleitoral e os seus desafios, conduzida pelo professor de Direito e analista do TRE-BA, Jaime Barreiros Neto. Todo o conteúdo do evento está disponível nas redes sociais do Eleitoral baiano e reunido no hotsite do projeto: amidiaeaseleicoes.tre-ba.jus.br.

A terceira videoaula do evento já está disponível e abordar o fortalecimento do jornalismo investigativo. O tema é ministrado por Cleber Moreira, assessor-chefe de Comunicação do TRE-RS. No vídeo, Moreira analisa o importante papel do jornalismo investigativo no atual cenário de enfrentamento à desinformação, com vistas às Eleições 2020. 

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